As 23 empresas do grupo MIF atraíram a atenção da ECS Capital. Segue-se a sua reestruturação para ganhar peso no sector alimentar
0 MIF - Manuel Inácio & Filhos, um dos principais grupos nacionais na área agro-alimentar, passou a ser controlado pelo Fundo Recuperação da ECS Capital, que assume, assim, a gestão de marcas como a Izidoro.
A operação, que começou a ser negociada no final de 2009, visa a recuperação, reestruturação e modernização deste grupo de raiz familiar, centrado nos suínos e na carne de porco, com 23
empresas, vendas de €124,6 milhões, 1800 postos de trabalho directos e indirectos, problemas financeiros e um passivo cujo valor não foi divulgado. Com o acordo, o fundo assumiu controlo de 86% do capital do MIF, enquanto a família fundadora deixava a estrutura acionista do negócio, que soma unidades industriais e explorações de suinicultura em várias zonas do país, com destaque para o Montijo, onde está sediada a unidade de carnes, e Rio Maior, sede dos activos relativos à produção animal e rações.
0 programa de ação desenhado para recuperar a saúde financeira deste grupo de empresas,
adaptá-las ao mercado e dar-lhes capacidade competitiva num contexto dominado por multinacionais passa por "ganhos de eficiência a nível produtivo". Na área da gestão a prioridade é "investir na melhoria de processos, em fundo de maneio e no estreitamento das relações com os parceiros de negócio". A internacionalização das marcas e produtos do grupo, atualmente limitada a 13% das vendas, é outra aposta a vencer.
0 objetivo "é cimentar a posição ao do MIF no sector alimentar em Portugal", referem os responsáveis do fundo, confiantes na viabilidade e no potencial de crescimento do projeto, que deverá registar vendas superiores a €100 milhões em 2011.
0 grupo está presente nas principais fases da cadeia de valor da fileira, da produção de rações e alimentos compostos (marcas Progado e DIN), à produção e abate animal (Intergados), carnes frescas (Dilop Carnes) e transformadas (Izidoro, Damatta e Fumeiro da Aldeia). Neste
último segmento, que envolve produtos como salsichas, chouriço e fiambre, terá uma quota de mercado próxima dos 15%.
Os principais concorrentes são vários, de acordo com cada um dos segmentos do negócio, da Nobre&Campofrio, com vendas próximas dos €130 milhões em 2009 nas carnes transformadas, à Valouro, que faturou €119,8 milhões nas rações.
A entrada da ECS neste projeto agro-alimentar surge no momento em que o sector acaba de enfrentar subidas na ordem dos três dígitos em algumas matérias-primas, com destaque para a “bolha” nos preços dos cereais, o que criou um quadro problemático: que tem sido mais facilmente resolvido pelos operadores com maior dimensão e impulsionou alguns movimentos
de integração entre empresas da fileira.
Líder no mercado de private equity (capital privado) em Portugal, a ECS controla através do seu Fundo Recuperação empresas de diferentes sectores, como a MoveOn, Artenius Sines e Inapal Plásticos, estando também a preparar-se para entrar nos têxteis, através da Coelima; António Almeida & Filhos e JMA. Entre as seus investidores estão a CGD, Millennium BCP e BES.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O Private Equity...e Capital Risco..Privado..Como em qualquer bem econômico podemos olhar para o capital de risco pelo lado da oferta ou pelo lado da procura......
ResponderEliminarPelo lado da oferta temos detentores de capital (investidores) que podem ser institucionais públicos ou privados que procuram oportunidades de investimento com elevadas margens de rentabilidade, elaborando para isso uma estratégia de redução de riscos, em aspectos como dispersão de investimentos, sectores em que investem, idade das empresas, avaliação das capacidades técnicas. Igualmente há investidores que aplicam não só capital como também saber fazer na área da gestão a quem normalmente se dá o nome de business angel ou angel investor Certamente que estes investidores estão à procura de lucros e portanto, introduzem nas cláusulas do contrato as opções de saída[1], para garantir que em caso de sucesso não vão ficar eternamente amarrados aquela empresa.
A política económica portuguesa reconhece o papel dinamizador destes instrumentos pelo que por via legislativa ou através de institutos públicos tem vindo a apoiar o desenvolvimento do capital de risco.
Pelo lado da procura o empresário ou empresa que tem um bom projecto, dificuldades de angariação de capital ou de algum tipo de saber-fazer, e que querem continuar a comandar os destinos das suas empresas ou projectos procuram investidores que os deixem trabalhar, e obtêm a garantia de a qualquer altura poderem recomprar as participações sociais na posse desses investidores......
M.Vaz Genéve
Nos tempos que correm, em pleno turbilhão financeiro, onde a incerteza e o risco andam de mãos dádas, temos assistido por aqui a casos de sucesso! Olhemos só, para o recente exemplo da Panificadora Erborense;uma empresa semi-falida, que, através do private Equity canalisado pela MegaFinanceS.A. não só se tornou funcional, como tambem competitiva, afastando assim o fantasma do desemprego a dezenas de funcionarios locais.De facto, a expansão levada a cabo pela dita empresa em diversificár a sua area de negocios através do Private equity, têm se mostrado como "boia de salvação" para enumeros casos dificeis, como se têem constactádo.Por certo, agora, será mais um caso de sucesso declarádo! Mas, talvez a melhor lição que daqui se possa tirár, consiste no facto de estas atitudes empresariáis, desmistifiquem o mito do impossivel....(o que por regra geral, é quase sempre, o que nunca se tentou...)
ResponderEliminarAtentamente,
F.Henrique
A MEGAFINANCE PARTNERS eo Capital RISCO....e o seu desenvolvimento...o porquê e como....o que é exactamente para levantar muitas empresas em Portugal...Ao contrário das formas tradicionais de financiamento, o Capital de Risco assume integralmente os desafios do mercado, ao não ser recompensado pelos juros do capital investido mas sim pelo sucesso da empresa financiada.
ResponderEliminar6
Enquanto um Banco obtém a sua remuneração pelo juro e amortização do capital, os ganhos dosinvestidores de Capital de Risco estão dependentes do sucesso ou insucesso das empresas.
Para além da definição legal, o capital de risco - também chamado de capital de investimento, capital de desenvolvimento,venture capital e private equity - é uma técnica, modalidade ou forma de investimento que se caracteriza
pela existência de um investidor profissional: aquele que investe em empresas com elevado potencialde crescimento, através da aquisição de participações no capital social de empresas, geralmente participaçõesminoritárias, e sobre valores mobiliários não cotados em mercados organizados, com a expectativa de obterdentro de um horizonte de curto ou médio prazo, mais-valias decorrentes do seu investimento.
O investidor profissional compreende e reconhece o elevado risco a que se submete e que pode resultar Na perda total do capital investido.
O investimento em capital de risco dirige-se a novos projectos empresariais e a empresas não cotadas em mercadode bolsa, e parte substancial da mais-valia gerada será resultado da venda posterior da participação.
O investidor em capital de risco, todavia, não é um mero prestamista, mas sim um novo sócio da empresa: se esta fracassa, ele não retirará benefício algum do investimento. Se tiver êxito, terá direito a participar nesse sucesso.
O capital de risco constitui uma alternativa interessante para capitalizar Pequenas e Médias Empresas (PME),em especial pela dificuldade que estas encontram na fase de desenvolvimento e crescimento.
O Capital de Risco é um investimento no capital social ou outros activos patrimoniais equity de Pequenas e Médias Empresas ou na sua criação e desenvolvimento, em sectores de mercado altamente competitivos e caracterizados pela inovação - de produtos, serviços, processos de produção ou distribuição com grande potencial de crescimento e rentabilidade.
É um investimento associado a elevados níveis de risco, realizado por investidores individuais ou institucionais, por um prazo limitado.
Enquanto indústria recente, as definições e características do Capital de Risco estão impregnadas pelas suasorigens anglo-saxónicas.
Assim, enquanto nos Estados Unidos da América estão bem caracterizadas duas formas fundamentais de investimento de Capital de Risco, o Private Equity, investimento aplicado na aquisição de participações em empresas já existentes, independentemente da sua dimensão, e com pouca ou nenhuma intervenção a nível,da gestão e administração, com vista à valorização da participação, e o venture capital, o investimento em empresas pequenas, ou mesmo em projectos empresariais iniciais (“start-up’s”), nas quais o investidor acompanha
de perto a gestão empresarial, na Europa, o Private Equity tende a designar toda a indústria do Capitalde Risco, incluindo o Venture Capital.M.Vaz PARIS