Megafinance, sociedade de private equity comprou as panaificadoras Central Eborense e Campanha, com o objectivo de expandir o negócio.
NUM futuro próximo comprar uma queijada de Évora em cidades como Luanda ou Maputo pode tornar-se realidade. A Megafinance a uma sociedade de Private Equity cuja aposta no sector agro-alimentar levou a aquisição das panificadoras Central Eborense e Campanha, de Estremoz. E um dos objectivos a levar os produtos e processos de panificação portugueses para os países Lusófonos. A Megafinance está presente em países como os EUA, Reino Unido, Suíça, Brasil, e Israel, tendo entrado no mercado português em 2009. «Investe em sociedades que se encontrem economicamente ou financeiramente “stressadas”, porém com negócios viáveis e com capacidade de expandir a médio prazo», explica o presidente do concelho de administração da empresa, Luís Valente.
Uma das operações envolveu a estabilização financeira da Panificadora Central Eborense, a fabricante das célebres queijadas de Évora e a principal empresa de panificação a sul do Tejo. O investimento atingiu os 2.5 milhões de euros e fez com que a empresa expandisse a actividade e a carteira de clientes, onde se encontra a Jerónimo Martins.
«Implantámos uma nova gestão operacional e comercial e assegurámos a manutenção da totalidade dos postos de trabalho da empresa, que está a operar 24 horas por dia».
Em Janeiro, foi também concluída a operação do controlo de uma outra panificadora, a Campanha. Localizada em Estremoz, e uma das empresas mais «relevantes» do Alto Alentejo e fornece a cadeia lntermarché. Há investimentos noutros sectores, como o turismo ou a farmacêutica, mas em qualquer operação da Megafinance a ambição a passar a fronteira. «Estamos no mercado para investir em empresas, que tenham potencial de se internacionalizar e de crescimento por via de exportação», diz o gestor.
Os mercados angolanos a moçambicano, nos quais já existem contactos com parceiros locais, são considerados «extremamente interessantes». De acordo com o gestor, o sector mais atractivo e o agro-alimentar, já que o clima dos dois países permite a produção de vários produtos durante todo o ano.
«Encaramos Angola e Moçambique como verdadeiros “celeiros” de alimentação».
A operação mais desenvolvida está em Moçambique. A panificadora Campanha, juntamente com um empresário Português já instalado na Beira, tem por objectivo, entre Junho e Julho, desenvolver uma panificadora local, numa vertente económica e social. Feito em parceria com uma IPSS, o projecto visa a promoção da economia social através de microcrédito.
João Paulo Madeira
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