Quando um Investor Relations de uma empresa cotada na bolsa de Lisboa vai lá fora vender as suas acções aos investidores estrangeiros, o primeiro
passo é dizer de onde vem.
0 “PowerPoint” começa invariavelmente pela apresentação da economia onde se insere a empresa em questão, enaltecendo os pontos fortes e as potencialidades do País. E só depois é que passa à apresentação da empresa propriamente dita: as virtudes, a estratégia, os dividendos, etc...
Nos dias que correm, os nossos Investor Relations devem ter alguma relutância em apresentarem-se como vindos de Portugal. Primeiro, porque Portugal dispensa apresentações.
0 Pais está nas bocas do mundo e, dia sim, dia não, faz manchete nos jornais de referência internacionais, quase nunca pelas melhores razões. A indisciplina orçamental, o fraco potencial de crescimento, a escassez de financiamento por parte da banca não assentam bem em nenhum “PowerPoint” cujo objectivo seja atrair capital estrangeiro para as empresas nacionais. Por isso, não é de estranhar que os investidores estrangeiros estejam a fugir da bolsa de Lisboa. Em Outubro deste ano, o valor das ordens dadas por estrangeiros sobre acções nacionais caiu para os 1,388 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde que há registos por parte da CMVM.
Em Abril deste ano, esse valor era de 6,7 mil milhões. É um sinal claro que a situação macroeconómica de Portugal já está a ter efeitos negativos sobre a capacidade das empresas em atrair investimento estrangeiro.
Não há “PowerPoint” que resista a tanta publicidade negativa. ■
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
GLOSSÁRIO DA CRISE
Obrigações do Tesouro
São títulos de dívida a médio e longo prazo emitidos pelo Estado que pagam um juro periódico e que, no final, serão reembolsados. O Estado financia-se também por outras vias, como Bilhetes do Tesouro (curto prazo) ou Certificados de Aforro e do Tesouro.
Taxa de Cupão
É a taxa de juro nominal das obrigações. Estes títulos têm um valor nominal sobre o qual é calculado o juro a pagar. Por exemplo, uma obrigação no valor de 1000€, taxa de 10% e juro anual, paga anualmente 100€ a quem a detiver.
Taxa de Rentabilidade(yeld)
É a taxa de rentabilidade das obrigações. Como estes ativos são negociados entre investidores (no mercado secundário), o seu preço varia e pode ficar acima ou abaixo do valor nominal, provocando alterações na rentabilidade. Se a obrigação dos 1000€ for transaccionada, por hipótese, a 900€, a rentabilidade já ronda os 20% em vez dos 10% de cupão (considerando uma obrigação com maturidade de um ano). Quando se diz que os juros estão a subir, significa que a cotação da obrigação está a descer (porque os investidores estão a vender) e que a rentabilidade (yield) está a aumentar.
Mercado primário (emissão)
Refere-se às emissões que o Estado faz, através do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), para colocar dívida junto de compradores através de leilão. Quando a taxa (yield) é superior à taxa de cupão significa que os compradores fizeram ofertas pelos títulos abaixo do valor nominal. Assim, uma emissão de €1500 milhões em termos nominais, representa na prática um encaixe inferior.
Mercado secundário
São as transacções efectuadas sobre as obrigações já emitidas. Neste caso, uma subida das yields não afecta directamente os emitentes (como Portugal) mas permite sinalizar o nível de juros que será exigido em emissões futuras.
Incumprimento (default)
Acontece quando um país ou uma empresa não conseguem pagar as dívidas. Em alguns casos pode haver reestruturações(eliminando parte da dívida) ou reescalonamentos (alargamento de prazos). O risco de default, calculado pela CMA Datavision, mede a probabilidade de isso acontecer.
Spread (diferencial)
É a diferença do juro cobrado face a um país considerado seguro - como os EUA ou a Alemanha. É uma medida do risco do país.
Credit default swaps (CDS)
São contratos para protecção contra casos de incumprimento. Um investidor que tenha dívida portuguesa faz um CDS com uma entidade financeira - pelo qual paga um preço que depende do risco da dívida nacional - e, caso Portugal não pague, será ressarcido por essa entidade.
São títulos de dívida a médio e longo prazo emitidos pelo Estado que pagam um juro periódico e que, no final, serão reembolsados. O Estado financia-se também por outras vias, como Bilhetes do Tesouro (curto prazo) ou Certificados de Aforro e do Tesouro.
Taxa de Cupão
É a taxa de juro nominal das obrigações. Estes títulos têm um valor nominal sobre o qual é calculado o juro a pagar. Por exemplo, uma obrigação no valor de 1000€, taxa de 10% e juro anual, paga anualmente 100€ a quem a detiver.
Taxa de Rentabilidade(yeld)
É a taxa de rentabilidade das obrigações. Como estes ativos são negociados entre investidores (no mercado secundário), o seu preço varia e pode ficar acima ou abaixo do valor nominal, provocando alterações na rentabilidade. Se a obrigação dos 1000€ for transaccionada, por hipótese, a 900€, a rentabilidade já ronda os 20% em vez dos 10% de cupão (considerando uma obrigação com maturidade de um ano). Quando se diz que os juros estão a subir, significa que a cotação da obrigação está a descer (porque os investidores estão a vender) e que a rentabilidade (yield) está a aumentar.
Mercado primário (emissão)
Refere-se às emissões que o Estado faz, através do Instituto de Gestão do Crédito Público (IGCP), para colocar dívida junto de compradores através de leilão. Quando a taxa (yield) é superior à taxa de cupão significa que os compradores fizeram ofertas pelos títulos abaixo do valor nominal. Assim, uma emissão de €1500 milhões em termos nominais, representa na prática um encaixe inferior.
Mercado secundário
São as transacções efectuadas sobre as obrigações já emitidas. Neste caso, uma subida das yields não afecta directamente os emitentes (como Portugal) mas permite sinalizar o nível de juros que será exigido em emissões futuras.
Incumprimento (default)
Acontece quando um país ou uma empresa não conseguem pagar as dívidas. Em alguns casos pode haver reestruturações(eliminando parte da dívida) ou reescalonamentos (alargamento de prazos). O risco de default, calculado pela CMA Datavision, mede a probabilidade de isso acontecer.
Spread (diferencial)
É a diferença do juro cobrado face a um país considerado seguro - como os EUA ou a Alemanha. É uma medida do risco do país.
Credit default swaps (CDS)
São contratos para protecção contra casos de incumprimento. Um investidor que tenha dívida portuguesa faz um CDS com uma entidade financeira - pelo qual paga um preço que depende do risco da dívida nacional - e, caso Portugal não pague, será ressarcido por essa entidade.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
É preciso melhorar a gestão empresarial em Portugal
O Orçamento do Estado para 2011 não promete trazer facilidades às empresas, pelo contrário, por isso, sublinha Luís Valente, Presidente do Concelho de Administração da Megafinance, é preciso que as empresas melhorem significativamente a sua gestão, com melhor racionalidade estratégica, melhor controlo de custos, atenção redobrada à liquidez e à tesouraria, e aquelas mais vocacionadas e capacitadas para exportarem, devem procurar diversificar mercados com segurança. A Megafinance, enquanto consultora financeira que regista uma notável progressão no mercado empresarial português, segundo Luís Valente, «tem realizado e concretizado um conjunto variado de operações para os nossos clientes, pois não nos limitamos a elaborar relatórios de diagnóstico, antes apresentamos soluções, muitas delas inovadoras, e vamos com os clientes junto de instituições financeiras, nacionais e internacionais, tendente a captar os recursos necessários à prossecução dos seus projectos».
As medidas contidas no Orçamento do estado para 2011, ainda em discussão na Assembleia da República, tenderão a gerar uma inevitável recessão económica no próximo ano, é a opinião de Luís Valente, Presidente da Megafinance, uma consultora financeira que desenvolve a sua actividade em Portugal desde o início de 2009.
Para o gestor, o próximo ano trará mais dificuldades às empresas em Portugal, nomeadamente devido ao aumento da carga fiscal e às restrições no acesso ao crédito, neste caso, aliás, um prosseguimento dos problemas que nesta área têm existido e se agravado desde há dois anos a esta parte.
As restrições financeiras colocam, segundo Luís Valente, novas dificuldades mas igualmente novos desafios para as empresas em Portugal. Aquelas que actuam na área dos designados produtos transaccionáveis devem procurar exportar cada vez mais, apostando igualmente numa maior diversificação dos mercados de destino dos seus produtos, mas adverte igualmente para a importância da necessária informação que aporte segurança a respeito dos riscos dos clientes.
Por outro lado, o Presidente da Megafinance sublinha igualmente a importância das empresas portuguesas, particularmente as pequenas e as de média dimensão, empreenderem um esforço acentuado para melhorarem as suas performances de gestão, de melhoria da própria racionalidade estratégica em muitos casos, e sobretudo uma aposta muito significativa no controlo dos custos e da própria tesouraria das empresas. «Este constitui um dos principais problemas com que se debatem muitas pequenas e médias empresas em Portugal, ou seja, as suas dificuldades de tesouraria, em muitos casos, atrofiam não só a vida diária das empresas, como levam os gestores a dedicarem muito mais tempo a actividades relacionadas directamente com a cobrança de créditos aos clientes, devido à enorme pressão de que sofre a tesouraria, do que muitas vezes em relação ao tempo que se dedicam à verdadeira gestão do negócio, afinal de contas, é onde se encontra o core business e a própria razão de ser da empresa», enfatiza Luís Valente.
Não fazemos apenas relatórios, concretizamos operações
Sublinhando que muitas das empresas que contactam a Megafinance o fazem num primeiro momento devido a dificuldades na sua tesouraria, «mesmo que em muitos casos os empresários na primeira abordagem o não admitam», mas o que acaba por realçar são dificuldades na implementação do modelo de negócio, ou na prossecução da própria gestão das empresas.
Por isso, segundo Luís Valente, a Megafinance tem desenvolvido uma actividade intensa no nosso País, com o arranque concretizado em Janeiro de 2009. O gestor aponta como principal factor distintivo da Megafinance «o facto de não nos limitarmos a elaborar relatórios de análise sobre a situação de cada cliente, fazemos muito mais do que isso, elaboramos soluções e empenhamo-nos em conjunto com as empresas nossas clientes em encontrar os mecanismos financeiros, de parcerias, de implementação de novas ferramentas de gestão, que possibilitem não apenas em recuperar na maioria dos casos as empresas que assessoramos, como ainda em muitos outros casos, em implementar estratégias de desenvolvimento empresarial, tanto no mercado português como no estrangeiro».
É que segundo Luís Valente, uma das mais-valias da Megafinance são as suas relações internacionais com afiliadas da consultora que também possui escritórios (autónomos) em Nova Iorque, Londres, Paris, Genebra, Telavive e São Paulo. Com efeito, a consultora em Portugal está habilitada a encaminhar os seus clientes nos seus processos de exportação e/ou de internacionalização, para parceiros ou empresas com que se possam relacionar de forma segura e mutuamente vantajosa.
Por isso «também estamos em condições de contribuir para o sucesso no plano internacional das empresas portuguesas que escolheram a Megafinance como consultora nesses processos de presença além-fronteiras».
Luís Valente é igualmente Presidente do Concelho de Administração da Aptissimi, uma private equity de origem norte-americana, e que apesar de ter iniciado apenas a sua actuação em Portugal no início do presente ano, já desenvolveu um conjunto de participações em empresas portuguesas, permitindo melhorar a sua robustez financeira, mas igualmente a sua gestão, a estratégia de desenvolvimento e naturalmente também com reflexos nos resultados positivos das empresas participadas.
As medidas contidas no Orçamento do estado para 2011, ainda em discussão na Assembleia da República, tenderão a gerar uma inevitável recessão económica no próximo ano, é a opinião de Luís Valente, Presidente da Megafinance, uma consultora financeira que desenvolve a sua actividade em Portugal desde o início de 2009.
Para o gestor, o próximo ano trará mais dificuldades às empresas em Portugal, nomeadamente devido ao aumento da carga fiscal e às restrições no acesso ao crédito, neste caso, aliás, um prosseguimento dos problemas que nesta área têm existido e se agravado desde há dois anos a esta parte.
As restrições financeiras colocam, segundo Luís Valente, novas dificuldades mas igualmente novos desafios para as empresas em Portugal. Aquelas que actuam na área dos designados produtos transaccionáveis devem procurar exportar cada vez mais, apostando igualmente numa maior diversificação dos mercados de destino dos seus produtos, mas adverte igualmente para a importância da necessária informação que aporte segurança a respeito dos riscos dos clientes.
Por outro lado, o Presidente da Megafinance sublinha igualmente a importância das empresas portuguesas, particularmente as pequenas e as de média dimensão, empreenderem um esforço acentuado para melhorarem as suas performances de gestão, de melhoria da própria racionalidade estratégica em muitos casos, e sobretudo uma aposta muito significativa no controlo dos custos e da própria tesouraria das empresas. «Este constitui um dos principais problemas com que se debatem muitas pequenas e médias empresas em Portugal, ou seja, as suas dificuldades de tesouraria, em muitos casos, atrofiam não só a vida diária das empresas, como levam os gestores a dedicarem muito mais tempo a actividades relacionadas directamente com a cobrança de créditos aos clientes, devido à enorme pressão de que sofre a tesouraria, do que muitas vezes em relação ao tempo que se dedicam à verdadeira gestão do negócio, afinal de contas, é onde se encontra o core business e a própria razão de ser da empresa», enfatiza Luís Valente.
Não fazemos apenas relatórios, concretizamos operações
Sublinhando que muitas das empresas que contactam a Megafinance o fazem num primeiro momento devido a dificuldades na sua tesouraria, «mesmo que em muitos casos os empresários na primeira abordagem o não admitam», mas o que acaba por realçar são dificuldades na implementação do modelo de negócio, ou na prossecução da própria gestão das empresas.
Por isso, segundo Luís Valente, a Megafinance tem desenvolvido uma actividade intensa no nosso País, com o arranque concretizado em Janeiro de 2009. O gestor aponta como principal factor distintivo da Megafinance «o facto de não nos limitarmos a elaborar relatórios de análise sobre a situação de cada cliente, fazemos muito mais do que isso, elaboramos soluções e empenhamo-nos em conjunto com as empresas nossas clientes em encontrar os mecanismos financeiros, de parcerias, de implementação de novas ferramentas de gestão, que possibilitem não apenas em recuperar na maioria dos casos as empresas que assessoramos, como ainda em muitos outros casos, em implementar estratégias de desenvolvimento empresarial, tanto no mercado português como no estrangeiro».
É que segundo Luís Valente, uma das mais-valias da Megafinance são as suas relações internacionais com afiliadas da consultora que também possui escritórios (autónomos) em Nova Iorque, Londres, Paris, Genebra, Telavive e São Paulo. Com efeito, a consultora em Portugal está habilitada a encaminhar os seus clientes nos seus processos de exportação e/ou de internacionalização, para parceiros ou empresas com que se possam relacionar de forma segura e mutuamente vantajosa.
Por isso «também estamos em condições de contribuir para o sucesso no plano internacional das empresas portuguesas que escolheram a Megafinance como consultora nesses processos de presença além-fronteiras».
Luís Valente é igualmente Presidente do Concelho de Administração da Aptissimi, uma private equity de origem norte-americana, e que apesar de ter iniciado apenas a sua actuação em Portugal no início do presente ano, já desenvolveu um conjunto de participações em empresas portuguesas, permitindo melhorar a sua robustez financeira, mas igualmente a sua gestão, a estratégia de desenvolvimento e naturalmente também com reflexos nos resultados positivos das empresas participadas.
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